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domingo, 13 de julho de 2014

colorido

enquanto eu morro em azul, minha vida se expira no vermelho sangrento que você me tirou
o marfim que povoava minha mente é assassinado pelo seu púrpura violento

se verde é a cor da esperança, magenta é a cor do suicídio
o aqua puro de seus olhos se converteu num marrom sinistro e desolado

nada de dourado no paraíso, é tudo um véu branco e indiferente
consigo até tocar as cores, que se esvaem a meus passos

seguro-me no laranja esbranquiçado que estupra o seu rosto
tudo que você já me proporcionou não passa de um cinzento triste e apagado

a turquesa de sua bondade já se estragou e está carcomida
ainda que tenha te deixado algo, não foi bonito como o índigo dos olhos das índias mortas

aquelas que morreram para satisfazer seus desejos arroxeados satânicos
é isso que buscamos nas cores

representação

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